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terça-feira, 13 de dezembro de 2011


Hoje, trago a vocês um texto do índio Quechua, Chamalú. Os Quechuas são uma civilização aborígene sul americana, que foi tida como líder dos Incas, um dos impérios mais bem estruturados, com uma tradição oral muito rica.

No texto, que é muito belo, o índio ressalta tudo aquilo que é bom em nossas vidas, declarando-se vivo por poder vivenciar e ter em si o amor e a felicidade. A linguagem é leve, contada de um jeito envolvente e harmonioso.

Declaro-me Vivo!
Chamalú (Índio Quéchua)

Saboreio cada momento. Antigamente me preocupava quando os outros falavam mal de mim. Então fazia o que os outros queriam, e a minha consciência me censurava.

Entretanto, apesar do meu esforço para ser bem educado, alguém sempre me difamava. Como agradeço a essas pessoas, que me ensinaram que a vida é apenas um cenário! Desse momento em diante, atrevo-me a ser como sou.

A árvore anciã me ensinou que somos todos iguais. Sou guerreiro: a minha espada é o amor, o meu escudo é o humor, o meu espaço é a coerência, o meu texto é a liberdade.

Perdoem-me, se a minha felicidade é insuportável, mas não escolhi o bom senso comum. Prefiro a imaginação dos índios, que tem embutida a inocência.

É possível que tenhamos que ser apenas humanos. Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos, sem Amor corremos de novo o risco de estarmos caminhando de costas para a luz. Por esta razão é muito importante que apenas o Amor inspire as nossas ações.

Anseio que descubras a mensagem por detrás das palavras; não sou um sábio, sou apenas um ser apaixonado pela vida.

A melhor forma de despertar é deixando de questionar se nossas ações incomodam aqueles que dormem ao nosso lado. A chegada não importa, o caminho e a meta são a mesma coisa. Não precisamos correr para algum lugar, apenas dar cada passo com plena consciência.

Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar. Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que nós, o nosso desequilíbrio está garantido. É possível que sejamos apenas água fluindo; o caminho terá que ser feito por nós.

Porém, não permitas que o leito escravize o rio, ou então, em vez de um caminho, terás um cárcere. Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez. Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações.

As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade, que a sensação de felicidade lhes parece estranha. As pessoas estão tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança. A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência.

Peço-lhes perdão, mas…. DECLARO-ME VIVO!

Como vocês podem ver a riqueza e a sabedoria deste texto é imensa. Nele, o índio se declara vivo, com todas as suas potencialidades, admirando a beleza da vida e a suavidade que cada momento pode ter.

Para mim, ele é um texto inspirador, que ressalta nossa felicidade, nosso amor e nossa harmonia no viver, mesmo com todas as pedras no caminho ou com aquelas pessoas que nos criticam. É, também, um chamado para nossa real liberdade, de sermos quem realmente somos e potencializarmos nosso ser e nossa luz!

Pense nisso e deixe que a luz, o amor e a felicidade se expanda em sua vida. Declare-se vivo, amado ser de luz!

Uma ótima vida para todos,

Namastê,

Pedro Michepud

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