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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Isso sim é primazia

Vi todos os meus compatriotas chorando e olhando para o nada, resolvi perguntar:
- Qual a razão desse choro?
Ninguém respondeu...
Como já estava atrasada para meu compromisso, não dei atenção e segui o “meu” caminho.
Durante toda a jornada, fiz a mesma coisa: arrumei as documentações dos clientes interessados em adquirir um imóvel, quando acabou o expediente, segui normalmente para casa e não observo nada ao meu redor, estava tão afobada, tinha que preparar o jantar.
Chegando a casa, joguei os sapatos em qualquer canto, sentei um pouco e como costume ligo a TV e um som horrível invade meu mundo....
- Morreu, matou, assaltou, eu falei, prenderam, roubou, coitado, político corrupto, governo que é culpado, compre uma TV LCD, os homens de bem dirigem o carro X..., fique mais bonita, Dengue...
Dou um grito:
- Chega!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Levanto e vou até a cozinha preparar algo para comer, tomo uma ducha bem gostosa e coloco uma roupa confortável.
Olho o relógio e noto que a noite já é presente e ainda não fiz nada, estou sempre cansada, parece que falta até o ar, durmo e na manhã seguinte... o mesmo ritual.
O tempo sempre presente, e meu cotidiano ausente...
- Ausente?????????
- Por qual razão???????
Faço essa pergunta ao meu companheiro consciência...
Ele mostra as pessoas chorando novamente...
Vou até elas e pergunto:
- Qual a razão do choro????
Um menino lindo, de olhos negros e com um olhar sem rumo, sorri e fala:
- Não liga não moça... Todos os dias eu choro e alguém  indaga o motivo... 
Vá, siga seu caminho, nosso problema não tem solução...
Disse:
- Ok
Fui embora e concordei com o menino!!!
Oras, estou atribulada demais com os documentos da casa “própria” do meu cliente, esta que  é a minha primazia...

Diva Franco.

Comuna de Paris: quando o proletariado tomou o céu de assalto - Portal Vermelho

O livro Comuna de Paris - o proletariado toma o céu de assalto, de Sílvio Costa, é relançado em coedição entre as editoras Anita Garibaldi, PUC-Goiás e Fundação Maurício Grabois. Ele situa o leitor no panorama histórico e os importantes fatos nele contidos e a correlação existente entre os acontecimentos, possibilitando-lhe tirar conclusões daqueles eventos.
Por Madalena Guasco Peixoto (*)

Na história da humanidade os acontecimentos se acumulam aos trilhões. Alguns se destacam, outros desaparecem em meio às inúmeras casualidades, próprias da maneira pela qual a história humana é tecida.
Compreender a importância de determinados fatos em relação aos demais — guardadas as necessárias correlações, quais sejam: retirar do particular o específico, buscando ultrapassar os limites estreitos do pontual, do cotidiano desprovido de lógica —, é tarefa científica, porque demanda o entendimento da história enquanto processo, conectada, não como uma sucessão de flashes, isolados; exige um mergulho no passado — por intermédio de uma análise —, de maneira a permitir que sejam destacados — entre tantos —, os fatos mais relevantes, os quais representam marcos que suscitam reflexões passíveis de atualização, todas as oportunidades que nos debruçamos sobre eles para estudo.
O interesse que move esse mergulho não é apenas teórico-abstrato mas é, sobretudo, ideológico, político e prático. Se o estudo histórico já tivesse sido entendido dessa maneira, a modernidade teria deixado um grande legado, não fossem tantos outros, os quais em nome do fim dessa modernidade e início de uma nova era — pós-moderna —, se reduzem metafisicamente aos dois extremos opostos, ou seja, simplificam o que é processo vulgarizando o estudo da história; pela negação da possibilidade do entendimento das relações e conecções de sua emaranhada teia.
Essa, portanto, tem sido a faceta mais sofisticada e sutil da proclamação do “fim da história”. Optar pelo estudo da história como ciência traduz-se numa escolha teórico- prática dentro da intrincada luta de ideias que ocorrida desde o final do século 20.
A Comuna de Paris é um estrondoso fato histórico, um enorme iceberg impresso na história da humanidade de forma definitiva, porque suscitou todos os tipos de registro e, desde aquela época, vem sendo estudado.
O próprio Karl Marx destacou a sua importância, retirando do que chamou "assalto aos céus" conclusões fundamentais, as quais vieram a compor-se como núcleo principal de sua teoria. No ano em que comemoramos 150 anos do Manifesto do Partido Comunista, a Comuna de Paris completa 127. E, a obra de Sílvio Costa nos ajuda a entender melhor a correlação entre estes dois relevantes acontecimentos.
Do Manifesto do Partido Comunista — programa maior, de luta pelo socialismo —, a construção em processo da teoria do proletariado decorre da análise das experiências históricas da tomada do poder pela classe operária.
O estudo da primeira revolução operária internacional, a Comuna de Paris, tem sempre relevância teórica. As reflexões que nascem desse estudo vão surgindo por meio da fácil leitura desta obra, Comuna de Paris: o proletariado toma o céu de assalto, dada a maneira didática como está construído o texto.
O trabalho de Sílvio Costa situa o leitor levando-o a entender o panorama histórico e os importantes fatos nele contidos e a correlação existente entre os acontecimentos, possibilitando ao leitor tirar as conclusões de tais ocorrências. Essa é uma preocupação que esta contida no corpo desta obra. Contudo, ela se expressa mais fortemente nos Anexos, apresentados em destaque ao final de sua edição.
A presente obra está marcada pelo empenho simultâneo de formar, informar e refletir. Trata-se de um cuidadoso projeto, o qual, ao ser publicado, traz em si a marca de um formador de opiniões, cujo estudo possui um objetivo prático: reflexão conjunta e crescimento mútuo.
Silvio Costa. Comuna de Paris - o proletariado toma o céu de assalto. São Paulo: Editora Anita Garibaldi; Goiânia : Editora PUC-Goiás, 2011
(*) Madalena Guasco Peixoto é professora na PUC-SP e Coordenadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE).



Em Pinheirinho (SP), presenciei atos de barbárie e violência comparados aos campos de concentração Nazista


O deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) esteve, neste domingo (22), em São José dos Campos (SP) para avaliar a situação dos moradores do Pinheirinho, despejadas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para pagar dívidas do criminoso Naji Nahas, preso por Protógenes em 2008. O terreno do Pinheirinho foi ocupado há 8 anos onde viviam aproximadamente 1.600 famílias (cerca de 5.500 pessoas), segundo o censo da Prefeitura.

A desocupação foi antecedida de uma batalha judicial e conflitos dentro do próprio judiciário. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Ari Pargendler, negou liminar que pedia a validação da decisão da Justiça Federal, que impedia a desocupação da área. Com isso, o presidente do tribunal validou a desocupação, que ocorreu na manhã de domingo em meio a confronto entre policiais militares e moradores do local.

Segundo Protógenes, o “conflito judicial parece esconder algo de muito podre na disputa da área”. O parlamentar afirmou que “a desocupação violou princípios constitucionais: desde as garantias individuais e coletivas até o mais sublime dos princípios da função social da propriedade, posto que envolve a massa falida do criminoso Naji Nahas”… “Presenciei atos de barbárie e violência comparados aos campos de concentração Nazistas”, concluiu.
O deputado Protógenes lembrou matéria do jornalista Laerte Braga que qualifica Naji Nahas como “Um criminoso comum, bandido sem entranhas, com varias prisões, respondendo a inúmeros processos e sabidamente especulador, em manobras que envolvem o prefeito Kassab, o governador Alckimin, setores do Judiciário (onde há resistência de poucos juízes íntegros)”.

Protógenes destacou ainda a inconveniência da ação truculenta do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , já que o Governo Federal estava negociando uma saída pacífica para o conflito. O parlamentar disse também que qualquer desocupação deve acontecer no início da invasão, e não depois dela se tornar um bairro com milhares de famílias, comércio local estabilizado e igrejas.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Arrependeu-se do que fez? Hora de agir feito gente grande!



Quem nunca agiu por impulso e se arrependeu depois, que atire a primeira pedra! A grande maioria das pessoas certamente já fez algo sem pensar e depois, ao cair em si, percebeu que deveria ter agido de modo diferente ou simplesmente não ter feito nada, pelo menos não naquele momento. Portanto, essa sensação de arrependimento certamente não é privilégio de poucos.

No entanto, você também provavelmente conhece aquele grupo de pessoas (e talvez até faça parte dele) que vive afirmando aos quatro cantos nunca ter se arrependido de nada do que fez! Os mais poéticos, inclusive, arriscam completar com "somente do que deixou de fazer".

Respeitando as singularidades e lembrando que não existe um jeito certo e um jeito errado de ser, devo dizer que, particularmente, não acredito que arrepender-se seja ruim ou sinal de falta de personalidade, como este grupo faz parecer. Pelo contrário, penso que denota boa dose de consciência. Demonstra que, se fosse possível, a pessoa teria agido com mais prudência, equilíbrio e coerência.

Bem, mas arrepender-se não basta! É preciso tentar consertar o estrago que você causou. Primeiramente, vale procurar os atingidos e desculpar-se, lembrando que um pedido de desculpa pode ser aceito ou recusado, e você terá de lidar com isso.

E é aí que a situação pode complicar. Quando você magoa ou prejudica alguém que decide não te desculpar, aquele gosto amargo do arrependimento parece teimar em não sair de você. Neste caso, o que fazer?

O fato de você ter deixado claro que se arrependeu é um ótimo começo, mas é, sobretudo, uma baita responsabilidade, porque arrependimento tem de ser sinônimo de aprendizado. Tem de significar que você fará de tudo para não cometer o mesmo erro. Tem de mostrar que você merece uma segunda chance.

De todo modo, ainda assim, o outro pode não conseguir te perdoar. Isso se chama "consequência". Tudo o que fazemos na vida nos rende consequências. Umas boas, outras nem tanto. E ingressamos na vida adulta com méritos justamente quando aprendemos a crescer e nos tornar melhores, especialmente com nossos próprios equívocos.

Enfim, arrependimento não conserta o que foi quebrado, não desfaz o que foi feito e não garante que você seja perdoado. Ainda assim, é possível superar a dor que ele causa. É possível transformá-lo em algo bom. E, acima de tudo, deve ser um convite ao autoperdão! Até porque se você mesmo não se perdoar, terminará empacado numa espécie de buraco, sem conseguir seguir adiante. Sem conseguir crescer.

Por essas e outras, além de se perdoar, que tal -a partir de agora- ser mais tolerante, gentil e compreensivo diante do erro do outro? Estou certa de que todos nós só temos a ganhar!


Rosana Braga

Sinto um cheio no ar... pior que o fétido de 1964... AI 5 e Cia...



"Olha só, em vez de pegar no pé da meninada, vai pegar político filho da puta", falou Rita Lee. Conclusão: Depoimento na Delegacia.




A cantora Rita Lee foi levada à Delegacia Plantonista de Aracaju na madrugada de hoje, após seu show de despedida, em Sergipe. Ela se apresentava no Festival de Verão do Estado na cidade de Barra dos Coqueiros, a 2 km da capital (Aracaju).

Por volta das 3h da manhã, a cantora avisou em seu Twitter sobre a ação da Polícia Militar (PM). "Polícia dando trabalho p/ mim, quer me prender, embasamento legal ñ há, ñ retiro uma palavra do q disse, o show era meu! [sic]". 

Sinto um cheio no ar... pior que fétido de 1964... AI 5 e Cia... 

Rita Lee reclamou da presença dos policiais e sugeriu a eles “fumar um baseadinho”. Logo em seguida, os militares se dirigiram ao palco e formaram uma parede humana na sua frente. Foi o estopim para a cantora, aos 67 anos de idade e quase meio século de carreira, reverberasse sua indignação.


Local.: Sergipe.

São Paulo, 458 anos: Aniversário dos Protestos



por Maurício Costa de Carvalho, sábado, 28 de Janeiro de 2012 às 22:47
O último 25 de janeiro de 2012 já está marcado na história da capital paulista como o “Aniversário dos Protestos”. Desde a manhã, na tradicional missa da Sé, onde o prefeito Kassab valeu-se mais uma vez covardemente da força militar para reprimir violentamente os manifestantes, via-se que dessa vez os problemas não iam ser mascarados pela festa.  Foi assim também quando a voz do ato em frente abafou os discursos na solenidade da entrega das medalhas na Prefeitura e até no show do Ney Matogrosso onde espontaneamente a multidão xingou e cantou palavras de ordem contra o prefeito.

Embora o que mais tenha motivado os protestos seja a brutal e inaceitável violência de Estado com a qual o conluio Kassab-Alckmin tratou as questões sociais da Cracolândia e do Pinheirinho em São José dos Campos, o que estava em jogo nas manifestações nitidamente ia além. Implicitamente na ocupação do aniversário festivo com ações políticas e palavras de ordem estava o mais profundo cansaço do paulistano com este modelo inviável, autoritário, corrupto, desumano e elitista incrustado na cidade. Coube bem a consigna dos trabalhadores da cultura que ocuparam a Funarte no ano passado: “chegou a hora de perder a paciência”.

Segundo dados divulgados pela Rede Nossa São Paulo, 56% dos paulistanos se mudariam da cidade de pudessem. A lista de evidências que concorrem para esse número na cidade é infindável, dos itens avaliados sobre a percepção dos moradores – envolvendo transportes, educação, saúde, meio ambiente, etc. – 74% tiveram notas abaixo da média. Chama atenção em particular o dado sobre segurança: apenas 1% dos moradores de São Paulo sente-se totalmente seguro na cidade, enquanto 89% se sentem absolutamente inseguros.

Esses números contrastam frontalmente com o discurso e a prática de Kassab-Alckmin. Na gestão municipal o número de subprefeituras dirigidas por coronéis, militares da reserva, subiu para incríveis 29 de um total de 31. Ou seja, os órgãos gestores de boa parte do orçamento e que têm por tarefa organizar a cidade estão completamente militarizados. Ao mesmo tempo, a polícia de Alckmin é uma das mais assassinas do país. Segundo dados da Corregedoria, um em cada cinco assassinados em São Paulo é vítima da PM. Em resumo: militarização e segurança estão em lados opostos, exatamente ao contrário do que os governos e a PM dizem. Então, além do fetiche ditatorial do governo paulista, que em seu site exalta a ação militar na “revolução” de 1964, o que está por trás desse avanço repressivo?

Na cidade de São Paulo especificamente há um visível projeto de desenvolvimento urbano que, para garantir a valorização dos terrenos cobiçados pela especulação imobiliária é necessária a ação firme e decidida do Estado no sentido de organizar e executar os planejamentos que garantam os lucros estratosféricos das empreiteiras. A polícia tem um papel chave no plano das empreiteiras. São muitos Pinheirinhos e Cracolândias a serem desalojados, reprimidos, expulsos. São muitas Favelas do Moinho que, situadas em lugares valorizados, correm o risco de sofrer incêndios “misteriosos”.

As propostas de alterações no Plano Diretor da cidade, as concessões urbanísticas ao setor privado, as Operações Urbanas Consorciadas são variações de um mesmo tema: um modelo de cidade refém das empreiteiras que viabilizam seus projetos investindo nas campanhas eleitorais de candidatos a prefeitos e vereadores e cobrando retorno depois. E o retorno costuma ser bastante alto: para cada real investido pelas construtoras nas eleições de 2006, por exemplo, o retorno em contratos públicos é multiplicado 8,5 vezes.

Oficialmente PT, PSDB, DEM e PMDB são os campeões na arrecadação de doações das construtoras.  Não por acaso o presidente da Câmara dos vereadores Police Neto foi eleito sem oposição. Não por acaso, há um grande possibilidade do PT – animado por Lula – compor alguma aliança com o PSD de Kassab para eleger Fernando Haddad à prefeitura em 2012. Não por acaso, o PT tem feito oposição cosmética ou mesmo lavado vergonhosamente as mãos em situações de terrorismo de Estado promovidas pelo Governo do PSDB no Estado como no caso do Pinheirinho.

Infelizmente, com as ações que já se manifestam em torno da Copa do Mundo e das Olimpíadas será ainda maior a pressão das grandes empresas e investidores para que haja muito mais remoções. São mais de 11 milhões de pessoas no Brasil que vivem em situação semelhante às do Pinheirinho. Em São Paulo, segundo consta, a próxima vítima é uma ocupação da Frente de Luta por Moradia na esquina da Ipiranga com a São João. Não há dúvidas de que a Polícia, o Judiciário, o Legislativo e o Executivo serão chamados mais uma vez a exercer sua justiça de classe, ampliando a violência contra os pobres. E também não há dúvidas de que haverá resistência.

Do nosso lado, fizemos opção. O PSOL seguirá nas ruas como no Aniversário dos Protestos fazendo a parte que nos cabe, apoiando e nos somando a todas as manifestações da legítima impaciência por democracia real e pela justiça verdadeira. Enquanto a política do coturno for a tônica haverá gente disposta a fazer os responsáveis pela violência lembrarem de suas culpas onde estiverem. Enquanto o direito à moradia for um privilégio, as ocupações seguirão.

Ao mesmo tempo, queremos aproveitar as eleições deste ano para construir em São Paulo o debate real sobre a necessidade de outro modelo de cidade, onde haja uma reforma urbana que ocupe os imóveis desocupados e endividados das áreas centrais para suprir o déficit habitacional, que dê centralidade à periferia no planejamento e na gestão urbanas, que propicie a participação direta da população na decisão sobre o orçamento, que pense nas políticas de transporte, segurança, saúde, educação e cultura como parte de um projeto emancipador, onde os moradores de São Paulo tenham efetivo Direito à Cidade.

Maurício Costa
Presidente do PSOL da cidade de São Paulo

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ricardo Boechat e a Favela Pinheirinho.wmv

B. B. King - The Thrill Is Gone (From B. B. King - Live at Montreux 1993)

Cálice - Chico Buarque - Pinheirinho 2012

Quem é o presidente do Brasil?



Laerte Braga
Se alguém disser a você que Dilma Rousseff, filha de imigrantes búlgaros é a presidente da República Federativa do Brasil, não se deixe levar pela informação. O brasileiro nascido no Líbano Naji Robert Nahas, especulador e parte da maior máfia em operação no Brasil é quem de fato preside o País.

Tem o controle da maioria do Congresso Nacional, da maioria das instâncias superiores do Judiciário e a presidente nominal Dilma Roussef, até hoje não conseguiu achar a chave da porta do gabinete presidencial e agir como chefe de Estado e governo.
O ministro da Justiça então... Se alguém encontrar um cidadão perdido em Brasília, sem rumo e sem direção, provavelmente com amnésia em relação aos deveres e atribuições do cargo que afirmam que ocupa, por favor, encaminhe a figura ao hospital mais próximo para possa ser tratado e perceber a verdadeira dimensão do seu cargo, ou a própria natureza desse cargo.

Essa dupla, Dilma e Cardozo (assim, com “z”), acrescida de Gilberto Carvalho (que também chamam de ministro de alguma coisa) foi jogada para escanteio na operação de guerra contra moradores do bairro Pinheirinho, em São José dos Campos, São Paulo, ludibriados pela conversa mole de um dos prepostos de Nahas e sua máfia, Geraldo Alckmin, a quem atribuem o cargo de governador.

No duro mesmo, passando por cima de decisão de um juiz federal, agora tornada nula pelo STJ – Superior Tribunal de Justiça – (aquele que assinou um acordo via Ari Pendengler, o do chilique no caixa eletrônico, com o Banco Mundial para garantia da propriedade privada em caráter absoluto), Nahas, à distância, comandou a operação que levou 1 800 policiais militares – força chamada de Polícia, no duro braço das máfias que controlam o Estado brasileiro – a promover o despejo de moradores do bairro, perto de oito mil pessoas.

O terreno é de uma empresa falida de Nahas e seu sócio Daniel Dantas, outro dos poderoso chefões no Brasil e em breve, deve dar lugar a um desses negócios mirabolantes que marcam o “capitalismo a brasileira”, invenção do ex-presidente Lula e que não mudou em nada as características neoliberais implantadas no governo de FHC – chefão honorário da máfia de Nahas e Dantas.

As conversações marchavam para uma solução pacífica levando em conta a relevância social, ou o valor de oito mil vidas em relação a “negócios”. A turma de Brasília, que não tem ideia se vai, se fica, se volta, ou se sai correndo, escorregou na baba de Alckmin e no domingo os “negócios” prevaleceram sobre as vidas, sobre direitos humanos, sobre pessoas, numa ação violenta e boçal da chamada Polícia Militar.

Naji Nahas esteve envolvido na quebra da bolsa de valores do Rio de Janeiro através de operações ilegais feitas por laranjas, amargou alguns dias na prisão, mas logo foi solto e absolvido. È interessante notar que, à época, as denúncias foram feitas pela revista VEJA, hoje sob controle da máfia de Nahas e outros.

O presidente de fato do Brasil foi preso por ordem do juiz federal Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, em 8 de julho de 2008, atendendo a solicitação do Ministério Público, com base em investigações do delegado e hoje deputado Protógenes Queiroz, mas logo beneficiado por habeas corpus.

O procurador da República Rodrigo de Grandis acusou Nahas e Dantas de, além de outros, de desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro em Portugal. À época o fato ficou conhecido como Operação Satiagraha e em pouco tempo, por conta de decisões das instâncias superiores, o juiz, o procurador e o delegado viraram alvo de investigações e a quadrilha beneficiada pela anulação de todo o trabalho policial, pela desconsideração das provas.

Gilmar Mendes, da tropa de choque de Dantas, Nahas e toda a máfia tucana, comandou o esquema que livrou a cara dos bandidos. Afirma-se que Gilmar Mendes segundo exige a Constituição Brasileira tem “notório saber jurídico e reputação ilibada”, do que discordam juristas de respeito em todo o Brasil. A esse tempo a revista VEJA já havia sido incorporada pela máfia e se transformou em linha de frente na mídia de mercado de Dantas, Nahas, etc.

O que aconteceu em Pinheiriho, no domingo dia 22 de janeiro de 2012, fica registrado na história do País como mais um vergonhoso episódio em que a Constituição foi rasgada e a barbárie e a violência das máfias que controlam o Estado brasileiro se manifestaram na forma costumeira, lembrando e superando, em muitos momentos, a boçalidade do período da ditadura militar.

Homens, mulheres, crianças, idosos tratados como lixo, como sub humanos, tudo sob a batuta dos interesses de Nahas e Dantas e o comando operacional do preposto Geraldo Alckmin, o pastel que veste a roupa da OPUS DEI (ordem católica terrorista).

A mídia de mercado? Noticiário que não comprometesse as quadrilhas, discreto, preocupação com os gols das rodadas dos campeonatos regionais que começavam naquele dia. Nada além disso, o estupro no BBB continua sendo o assunto predominante, além, evidente, dos gols.

A fábrica de zumbis atua nessa direção.

O que ocorreu no domingo na cidade de São José dos Campos, num ataque terrorista contra moradores de um bairro, desocupação violenta da área com desrespeito absoluto aos direitos humanos, ação do governo Alckimin por conta dos interesses de quadrilhas que atuam no mercado financeiro, em grandes empreendimentos imobiliários e através de fraudes, lavagem de dinheiro, compra de governadores, prefeitos – caso do governador paulista e do prefeito da cidade de São José dos Campos –, juízes e autoridades de instâncias judiciárias superiores, ultrapassou os limites do descaramento no modo de agir dessas quadrilhas e deve ser objeto de denúncia junto a organismos internacionais, tanto quanto consciência que os brasileiros e cidadãos do mundo devem tomar que este País, ao contrário do que se propala, é um paraíso para criminosos do colarinho branco.

Está falido o institucional, está falido o modelo político e econômico e está instalada a barbárie exibida através do que se convencionou chamar de Polícia Militar, instrumento de opressão e violência contra trabalhadores, contra minorais, braço das classes dominantes, num esquema de poder e corrupção inerente ao capitalismo mais selvagem que se pode ter notícia. E ainda que o capitalismo, em si, seja selvagem.

Se a barbárie levada a cabo pelos esbirros de Nahas, desde o suposto governador (laranja), o dito prefeito (laranja), com autorização de laranjas do Judiciário, foi de causar engulho e ferir de morte o “pacto federativo”, como disse o presidente nacional da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil – a omissão do suposto governo de Dilma Rousseff mostra que o Brasil é além de entreposto do capital internacional, o verdadeiro céu para quadrilhas e máfias que operam o mundo do crime.

E Nahas, como seus laranjas, Daniel Dantas e seus laranjas (entre eles todos os tucanos e adereços), com todo o controle que exercem sobre instituições, mídia, etc, são hoje os que de fato governam o Brasil.

O ex-ministro Delfim Neto, amigo de Nahas, ministro da ditadura, disse em 2010, antes do pleito presidencial, que Lula elegeria até um poste. Elegeu. Delfim estava certo.

Sumiu diante de um fato de suma gravidade, de desafio claro e ostensivo ao governo federal. Uma nota do seu partido, o PT, divulgada na segunda-feira, presta solidariedade aos moradores do Pinheirinho. É nada para um partido que pretende ser o dos Trabalhadores.

Quem sabe o conceito de trabalhador é o “trabalho” de Naji Nahas?

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