Laerte Braga
Se alguém
disser a você que Dilma Rousseff, filha de imigrantes búlgaros é a presidente
da República Federativa do Brasil, não se deixe levar pela informação. O
brasileiro nascido no Líbano Naji Robert Nahas, especulador e parte da maior
máfia em operação no Brasil é quem de fato preside o País.
Tem o
controle da maioria do Congresso Nacional, da maioria das instâncias superiores
do Judiciário e a presidente nominal Dilma Roussef, até hoje não conseguiu
achar a chave da porta do gabinete presidencial e agir como chefe de Estado e
governo.
O ministro
da Justiça então... Se alguém encontrar um cidadão perdido em Brasília, sem
rumo e sem direção, provavelmente com amnésia em relação aos deveres e
atribuições do cargo que afirmam que ocupa, por favor, encaminhe a figura ao
hospital mais próximo para possa ser tratado e perceber a verdadeira dimensão
do seu cargo, ou a própria natureza desse cargo.
Essa dupla,
Dilma e Cardozo (assim, com “z”), acrescida de Gilberto Carvalho (que também
chamam de ministro de alguma coisa) foi jogada para escanteio na operação de
guerra contra moradores do bairro Pinheirinho, em São José dos Campos, São
Paulo, ludibriados pela conversa mole de um dos prepostos de Nahas e sua máfia,
Geraldo Alckmin, a quem atribuem o cargo de governador.
No duro
mesmo, passando por cima de decisão de um juiz federal, agora tornada nula pelo
STJ – Superior Tribunal de Justiça – (aquele que assinou um acordo via Ari
Pendengler, o do chilique no caixa eletrônico, com o Banco Mundial para
garantia da propriedade privada em caráter absoluto), Nahas, à distância,
comandou a operação que levou 1 800 policiais militares – força chamada de
Polícia, no duro braço das máfias que controlam o Estado brasileiro – a
promover o despejo de moradores do bairro, perto de oito mil pessoas.
O terreno é
de uma empresa falida de Nahas e seu sócio Daniel Dantas, outro dos poderoso
chefões no Brasil e em breve, deve dar lugar a um desses negócios mirabolantes
que marcam o “capitalismo a brasileira”, invenção do ex-presidente Lula e que
não mudou em nada as características neoliberais implantadas no governo de FHC
– chefão honorário da máfia de Nahas e Dantas.
As
conversações marchavam para uma solução pacífica levando em conta a relevância
social, ou o valor de oito mil vidas em relação a “negócios”. A turma de
Brasília, que não tem ideia se vai, se fica, se volta, ou se sai correndo,
escorregou na baba de Alckmin e no domingo os “negócios” prevaleceram sobre as
vidas, sobre direitos humanos, sobre pessoas, numa ação violenta e boçal da
chamada Polícia Militar.
Naji Nahas
esteve envolvido na quebra da bolsa de valores do Rio de Janeiro através de
operações ilegais feitas por laranjas, amargou alguns dias na prisão, mas logo
foi solto e absolvido. È interessante notar que, à época, as denúncias foram
feitas pela revista VEJA, hoje sob controle da máfia de Nahas e outros.
O
presidente de fato do Brasil foi preso por ordem do juiz federal Fausto de
Sanctis, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros
e lavagem de dinheiro, em 8 de julho de 2008, atendendo a solicitação do
Ministério Público, com base em investigações do delegado e hoje deputado
Protógenes Queiroz, mas logo beneficiado por habeas corpus.
O
procurador da República Rodrigo de Grandis acusou Nahas e Dantas de, além de
outros, de desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro em
Portugal. À época o fato ficou conhecido como Operação Satiagraha e em pouco
tempo, por conta de decisões das instâncias superiores, o juiz, o procurador e
o delegado viraram alvo de investigações e a quadrilha beneficiada pela
anulação de todo o trabalho policial, pela desconsideração das provas.
Gilmar
Mendes, da tropa de choque de Dantas, Nahas e toda a máfia tucana, comandou o
esquema que livrou a cara dos bandidos. Afirma-se que Gilmar Mendes segundo
exige a Constituição Brasileira tem “notório saber jurídico e reputação
ilibada”, do que discordam juristas de respeito em todo o Brasil. A esse tempo
a revista VEJA já havia sido incorporada pela máfia e se transformou em linha
de frente na mídia de mercado de Dantas, Nahas, etc.
O que
aconteceu em Pinheiriho, no domingo dia 22 de janeiro de 2012, fica registrado
na história do País como mais um vergonhoso episódio em que a Constituição foi
rasgada e a barbárie e a violência das máfias que controlam o Estado brasileiro
se manifestaram na forma costumeira, lembrando e superando, em muitos momentos,
a boçalidade do período da ditadura militar.
Homens,
mulheres, crianças, idosos tratados como lixo, como sub humanos, tudo sob a
batuta dos interesses de Nahas e Dantas e o comando operacional do preposto
Geraldo Alckmin, o pastel que veste a roupa da OPUS DEI (ordem católica
terrorista).
A mídia de
mercado? Noticiário que não comprometesse as quadrilhas, discreto, preocupação
com os gols das rodadas dos campeonatos regionais que começavam naquele dia.
Nada além disso, o estupro no BBB continua sendo o assunto predominante, além,
evidente, dos gols.
A fábrica
de zumbis atua nessa direção.
O que
ocorreu no domingo na cidade de São José dos Campos, num ataque terrorista
contra moradores de um bairro, desocupação violenta da área com desrespeito
absoluto aos direitos humanos, ação do governo Alckimin por conta dos
interesses de quadrilhas que atuam no mercado financeiro, em grandes
empreendimentos imobiliários e através de fraudes, lavagem de dinheiro, compra
de governadores, prefeitos – caso do governador paulista e do prefeito da
cidade de São José dos Campos –, juízes e autoridades de instâncias judiciárias
superiores, ultrapassou os limites do descaramento no modo de agir dessas
quadrilhas e deve ser objeto de denúncia junto a organismos internacionais,
tanto quanto consciência que os brasileiros e cidadãos do mundo devem tomar que
este País, ao contrário do que se propala, é um paraíso para criminosos do
colarinho branco.
Está falido
o institucional, está falido o modelo político e econômico e está instalada a
barbárie exibida através do que se convencionou chamar de Polícia Militar,
instrumento de opressão e violência contra trabalhadores, contra minorais,
braço das classes dominantes, num esquema de poder e corrupção inerente ao
capitalismo mais selvagem que se pode ter notícia. E ainda que o capitalismo,
em si, seja selvagem.
Se a
barbárie levada a cabo pelos esbirros de Nahas, desde o suposto governador
(laranja), o dito prefeito (laranja), com autorização de laranjas do
Judiciário, foi de causar engulho e ferir de morte o “pacto federativo”, como
disse o presidente nacional da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil – a omissão
do suposto governo de Dilma Rousseff mostra que o Brasil é além de entreposto
do capital internacional, o verdadeiro céu para quadrilhas e máfias que operam
o mundo do crime.
E Nahas,
como seus laranjas, Daniel Dantas e seus laranjas (entre eles todos os tucanos
e adereços), com todo o controle que exercem sobre instituições, mídia, etc,
são hoje os que de fato governam o Brasil.
O
ex-ministro Delfim Neto, amigo de Nahas, ministro da ditadura, disse em 2010,
antes do pleito presidencial, que Lula elegeria até um poste. Elegeu. Delfim
estava certo.
Sumiu
diante de um fato de suma gravidade, de desafio claro e ostensivo ao governo
federal. Uma nota do seu partido, o PT, divulgada na segunda-feira, presta
solidariedade aos moradores do Pinheirinho. É nada para um partido que pretende
ser o dos Trabalhadores.
Quem sabe o
conceito de trabalhador é o “trabalho” de Naji Nahas?
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