Páginas

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

ALCKMIN, AO MANDAR INVADIR E EXPULSAR OS MORADORES DO PINHEIRINHO, OPTOU POR MERGULHAR GOSTOSAMENTE NA CALDEIRA DO DIABO



Esta não é uma segunda feira comum. Estamos vivendo o dia seguinte da barbárie cometida na comunidade do Pinheirinho!

O que vimos foi uma operação de guerra contra uma população de trabalhadores, crianças e idosos. Dois mil policiais militares, carros blindados, helicópteros, uma aparato repressivo maior do que o utilizado na invasão da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde foram empregados mil e quinhentos homens.

O que ocorreu de fato, nessa área de grande valor comercial, foi uma intervenção do governo estadual contra interesses populares e a favor da especulação imobiliária. Uma operação de legalidade duvidosa e objetivamente desnecessária, já que estavam em curso negociações para resolver os rumos de uma ocupação de oito anos, inclusive um acordo entre os representantes da massa falida do especulador Naji Nahas e os moradores do Pinheirinho, como informa o secretário da presidência da república, Gilberto Gustavo de Carvalho Rocha, hoje no jornal Folha de São Paulo.

É de se perguntar (e investigar com rigor) porque a pressa em retirar os moradores, com determinação de ferro e fogo, por parte de Alckimn e da "justiça" de São Paulo, que chegou às raias da insanidade. No despacho que ordenou a invasão, a juíza Márcia Loureiro, afirma "repelindo-se qualquer óbice que venha a surgir no curso da execução, inclusive a oposição de corporação policial federal"  (cf. FSP de 23/01/012) , ou seja,  que a PM poderia reprimir e entrar em confronto com as forças policiais federais! Outro fato que merece um destaque e como no caso da juíza, uma investigação do Ministério Público, é o assessor de Ivan Sartori, presidente do STJ de São Paulo que mandou cumprir a ordem da juíza Márcia loureiro, ser o magistrado Rodrigo Capez, por "acaso"  irmão do deputado tucano e base de apoio de Alckmin, Fernando Capez!

Alckim, ao optar pela truculência e ao tratar mais uma questão social como "caso de polícia" reafirma seu compromisso com o retrocesso político e com os interesses do capital e de seus representantes. Por outro lado, tragicamente, Dilma, finge estar interessada, mas não ordenou cessar a agressão a trabalhadores e a seus familiares. Como lemos na nota do PCB sobre a invasão policial no Pinheirinho, essa é a expressão de uma política que criminaliza os movimentos sociais.

No momento em que escrevo essas anotações, vejo na TV que a resistência continua. E vai continuar, no Pinheirinho, nas ruas da cidade e em todo o país. Tudo indica que 2012 será um ano difícil para o governador Alckim. Os Movimentos Sociais e os trabalhadores não darão trégua a seu governo retrógrado.

Na opção entre o céu e o inferno, o devoto governador, homem da Opus Dei, ficou com os interesses do capital e mergulhou gostosamente na caldeira do diabo.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário