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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

ANIQUIRONA, POEMA 26


Há uma mulher em minha casa
Eu não sei se olha para o canto, para o mundo
De qual lugar ela se gira.
É como o vento, árvore noite, uma oração para os casos difíceis.

Eu não sei, e ainda assim eu sei que é um ensejo.
Como se o sonho não fosse o suficiente
Para entender completamente.
Minha mente se volta para as alturas, como candidato a não sei qual cordilheira
Eu não sei de qual precipício.
Há uma mulher que se casou comigo
Quando eu descobri apenas
Que nasci para ser um homem e dormir.

Uma mulher de cera e maçãs gigantes Guáimaros.
Como um suave suado feminino num rio resmungado de ventos moderados, de nostalgia plausível ou fantástico mundo.
Uma mulher em que nem eu não sei para quais locais cessa a fazer curvas.
Uma mulher em meus sonhos

A mulher a quem as árvores, os pássaros e até mesmo campos do quotidiano falam com a vocação maravilhosa COMUNICAM-lhe segredos inescrutáveis pedras e rios

Há uma mulher que olha nos meus mundos subterrâneos e os seus seios como decantado balsâmico são como sombras que vivo, e sabe todos os segredos das minhas noites oprimidas na lua macia da minha angústia.

De: Winston Morales Chavarro
Tradução: Diva Franco



De: Winston Morales Chavarro
Tradução: Diva Franco

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